No dia 20 de dezembro de 2000, um dos capítulos mais memoráveis da história do Vasco da Gama foi escrito: a histórica virada sobre o Palmeiras na final da Copa Mercosul de 2000. O confronto começou com um domínio avassalador do Palmeiras, que abriu uma vantagem de 3×0 no primeiro tempo, com gols de Arce, Magrão e Tuta. A situação parecia desesperadora para os torcedores e jogadores do Vasco.
O segundo tempo iniciou com uma equipe vascaína transfigurada. Cientes da enormidade da tarefa, os jogadores entraram em campo com uma nova postura e determinação. Acreditando na própria qualidade e carregando o peso da história do clube, eles sabiam que a honra da camisa do Vasco estava em jogo.
O Vasco não demorou a reagir. Romário converteu um pênalti, diminuindo a vantagem palmeirense. O “Baixinho” estava inspirado e, mais uma vez de pênalti, deixou sua marca novamente, aproximando ainda mais o Vasco do épico feito.
O empate veio pelos pés de Juninho Paulista, trazendo vida a um jogo que parecia perdido. A essa altura, muitos já especulavam que a decisão seria definida nos pênaltis, mas o destino ainda reservava um momento lendário.
No momento mais emblemático daquela partida histórica, Viola desceu pela lateral esquerda, a bola sobrou para Juninho Paulista dentro da área, cujo chute foi bloqueado. O destino quis que a bola caísse limpa para Romário, o craque artilheiro, que não desperdiçou a oportunidade. Com um toque preciso, ele mandou a bola para as redes e completou a virada incrível, estabelecendo o placar de 4×3.
O apito final marcou a conquista épica do Vasco da Gama na Copa Mercosul de 2000, em uma reviravolta que ninguém poderia prever no início daquela partida. A vitória não apenas consagrou o Vasco como campeão, mas também ressaltou a capacidade de superação, a determinação e o espírito de luta da equipe.
Campanha do Vasco na Mercosul 2000
A trajetória do Vasco da Gama até o título da Copa Mercosul de 2000 foi marcada por desafios, superações e momentos épicos que culminaram na histórica virada sobre o Palmeiras na final. A campanha do time carioca na competição demonstrou sua força e determinação, enfrentando adversários de renome e conquistando vitórias memoráveis.
Na fase de grupos, o Vasco foi sorteado no Grupo E, juntamente com Atlético-MG, Peñarol e San Lorenzo. O clube carioca avançou para as quartas de final ao terminar a fase de grupos na segunda posição da chave, com 10 pontos conquistados.
Nas quartas de final, o Vasco enfrentou o Rosário Central, em confrontos de ida e volta. Após dois jogos com resultados de 1×0 para cada equipe, a decisão foi para os pênaltis, onde o Vasco se saiu vitorioso, garantindo sua passagem para as semifinais.
Nessa fase, o Gigante da Colina teve um encontro marcante com o River Plate, um dos clubes mais tradicionais da Argentina. De maneira surpreendente, o Vasco derrotou o River Plate com uma impressionante vitória de 4×1 no Monumental de Nuñez, seguida por um triunfo por 1×0 em São Januário. Esses resultados resgataram a lembrança da vitória do Vasco sobre o mesmo adversário na final da Copa Libertadores de 1998.
A grande final da Copa Mercosul de 2000 viu o Vasco enfrentar o Palmeiras, um dos principais clubes brasileiros da época. O regulamento previa três jogos em caso de empate nos dois primeiros confrontos. Após uma vitória por 2×0 para o Vasco no primeiro jogo em São Januário e um revés por 1×0 para o Palmeiras no segundo jogo no Parque Antártica, a decisão foi para o terceiro e último jogo, novamente no Parque Antártica.